A imagem dessa postagem é fantástica. No filme Matrix, existem diversas outras imagens e passagens que nos fazem pensar filosoficamente. Mesmo que não sejamos apaixonados por filosofia, somos, nesse filme, chamados a pensar. Nele, existe muito de Platão e das suas alegorias. A Alegoria da Caverna é constante na sua trama e confirma a diferença entre o saber do mundo sensível e o saber do mundo inteligível. Em outras palavras, a razão e o pensar nos dando capacidades maiores do que o sentir e o perceber. A capacidade de enxergar além do que nos é mostrado e nos é vendido. A capacidade de aprofundar além dos nossos sentidos, visto que, eles são hábeis em nos trair. Olhar não somente com os olhos, mas com a razão e isso permitirá criticar aquilo que nos é passado. Ser crítico e racional é vinculante para viver o real impossibilitando o trânsito pelo fantasioso da Matrix.
A imagem mostra a colher entortando para um dos lados. Antes de ficarmos maravilhados com tal torção, é obrigatório questionar se a referida torção existe ou se a própria colher existe ou, melhor, o que desejam que você pense com a torção da colher. O que vemos é o que realmente é? O que está por detrás de tudo?
Nesse cenário intenso, revolto, confuso e niilista da atual realidade política do Brasil, veio na minha cabeça às seguintes perguntas reflexivas.
– O que está por detrás da nomeação de Lula como Ministro da Casa Civil?
– O que está por detrás de algumas atitudes midiáticas de alguns operadores do direito que conduziram processos judiciais atuais dessa situação política?
– O que está por detrás da atitude da oposição brasileira na tentativa de acirrar ânimos populacionais a níveis estratosféricos e perigosos?
– O que está por detrás da informação, seja na imprensa ou nas mídias sociais, independente do lado ideológico dos veículos comunicativos?
– O que está por detrás da sua energia de revolta, seja pró ou contra governo?
São perguntas filosóficas, fundamentais e fantásticas. Elas poderão ajudar, caso queiramos refletir sem ímpetos apaixonados. Lembrando que a paixão perderá força no mundo inteligível das ideais, visto que, ela sempre está contaminada com os sentidos do mundo sensível.
O que está por detrás…?
Régis Eric Maia Barros