A minha sobriedade
Dentro da intranqüilidade
Pela partida no futuro
Partimos…
A alma em evolução
Quando a morte bate na porta
O medo ressoa
O estalido ecoa
Ecos do incerto
Que exista uma mão
Por perto!
Para segurar
Eu, inquieto
Apertar e não soltar
Nos guiando
Na guinada da despedida
Mas, como não temê-la?
Só há uma maneira…
Vivendo!
Uma vida guerreira
Pois, ela é soberana
A existência se sobressai
A morte teme a vida
Dentro de cada um
A vida dignifica
Dentro de nós
Nunca estaremos a sós
E a morte?
A vida lhe espreme
Sem esperar o acontecer
É preciso renunciar a morte
O pulsante e a pulsação
Do escolher viver
Renunciando a inexistência
Apagando as aparências
Do sofrer
Uma vida no amanhecer
Um viver no entardecer
Vivendo a cada anoitecer
Sem pressa
Com reza
A vida domina a morte
Régis Eric Maia Barros